Economista vê cenário favorável ao agro

  • 21/11/2016 às 10:38hr
  • Por: Portal DBO

Regina Helena Couto da Silva, do Bradesco, falou durante o Circuito RedeAgro

O agronegócio brasileiro continua representando uma “janela de oportunidades” dentro da economia brasileira, que deverá apresentar indicadores mais favoráveis em 2017, como PIB (produto interno bruto, soma das riquezas do País) crescendo 1% sobre 2016 (decréscimo de 3,4% de 2016 com relação a 2015), PIB agrícola 4% maior (decréscimo de 2% em 2016), inflação recuando para a casa dos 5% (7% em 2016) e taxa de câmbio se estabilizando na faixa de R$ 3,30 a R$ 3,40 (R$ 3,20 em 2016).


Essa é a opinião da economista Regina Helena Couto da Silva, integrante do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Banco Bradesco, que se apresentou, na manhã desta quinta-feira, na Fundação Dom Cabral, em São Paulo, durante mais uma etapa do Circuito RedeAgro.


O aumento do PIB agrícola será lastreado basicamente no avanço da produção brasileira de grãos, em função de preços remuneradores, o que também terá impacto positivo sobre o setor de máquinas, que deverá iniciar um novo ciclo de alta nas vendas. “O produtor deverá investir mais em máquinas a partir de 2017”, prevê Regina Helena. Segundo levantamento do Depec, com informações da Anfavea (fabricantes de veículos automotores), o último ciclo começou em 2006 e terminou este ano, duração de 10 anos, portanto. “O próximo será mais longo, até 2030 [13 anos]”, prevê a economista.


Mercado externo - Outra projeção animadora é a referente ao mercado externo, que deverá demandar maior quantidade de produtos agropecuários, com demanda concentrada, nos próximos 10 anos, nos chamados países emergentes. “Eles responderão por 80% do crescimento da demanda por proteínas animais”, estimou a economista do Bradesco.


O destaque é a China, que responderá, sozinha, por 20% da expansão do consumo de carne bovina, 50% da suína e 20% da de aves. “A China, aliás, continuará a ser o grande importador dos produtos brasileiros”, afirmou Regina Helena, apontando como causas a crescente urbanização, a melhora na renda da população e a “ocidentalização” de hábitos de consumo.


O circuito RedeAgro – cujo tema foi “Gestão Financeira no Agronegócio” - continuou na parte da tarde com apresentação de casos de dois grupos pecuários e terminou com uma mesa redonda com a participação de todos os palestrantes.


A RedeAgro é integrada pelas empresas Prodap (consultoria de Belo Horizonte, MG), Dow Agrosciences, John Deere, Totvs e Valley, com apoio da Fundação Dom Cabral.


Fonte: Portal DBO

Ir ao Topo da Página